quarta-feira, 31 de julho de 2024

Big Data - Na Ri Hyeon

 

Nome: Na Ri Hyeon

Sexo: feminino

Idade: 30

Aniversário: 25 de outubro de 2122

Altura: 156 cm

Peso: 48 kg

Tipo sanguíneo: AB+

Cor do cabelo: preto

Cor dos olhos: castanho-escuro

Origem: Hyperboris

Terra ancestral: Coreia

Ocupação: vice-Diretora administrativa do Terceiro Distrito


Bio: De aparência frágil e inocente, personalidade forte e sem papas na língua, Na Ri sempre sonhou fazer de seu distrito um lugar melhor para se viver. Uma das sobreviventes do terrível martírio que foi a epidemia de fome generalizada em Hyperboris no ano de 2134, a então adolescente ingressou no curso preparatório da Academia Otome, especializada em formar os melhores quadros de aspirantes a administradores locais.

 

A rebelde notável

 

Aos vinte anos de idade, durante uma visita de Hans ao campus do curso, Na Ri o surpreendeu com um discurso contundente sobre as péssimas condições das instalações da melhor instituição de ensino dali – o que provocou a ira do reitor. Ela seria desligada do curso em poucos dias, devido o seu “comportamento indecoroso”, mas foi convidada cerca de uma semana depois por Fritzmann para trabalhar como sua vice-Administradora.

Estando na outra ponta, Na Ri percebeu o tamanho das dificuldades que Hans enfrentava na administração do distrito. Para a sorte dela – e principalmente de Hans –, seus dias na Otome foram bem proveitosos e ela teve a chance de pôr em prática tudo aquilo que aprendera na academia.

Quando viu Keisuke pela primeira vez, a morena de cabelos curtíssimos achou estranho os boatos que ouvia sobre o temido militar que vez ou outra visitava Hans. “Um assassino a sangue frio que não vai hesitar em te matar.” um dos membros da comitiva de segurança de Fritzmann a alertou. Na Ri duvidava daquilo, entretanto; o jovem rapaz era reservado e distante, mas não parecia o monstro que retratavam. Não apenas Hans, mas também o seu chefe de segurança, Takashi, além de membros do serviço secreto agiam de forma amigável com ele. Talvez os boatos tivessem mais a ver com o preconceito contra os habitantes da Parte Baixa de Hyperboris do que a verdade.


Apesar de não acreditar nos boatos, a “secretária” de Hans ficou apreensiva quando teve de ficar a sós com o militar do Raijin pela primeira vez. Ferido durante uma das missões secretas que realizava para Hans, Keisuke foi atrás de atendimento médico com Nakano-sensei, mas a doutora estava fora, atendendo um pedido de socorro de habitantes numa zona de conflito. Coube a Na Ri realizar um tratamento de emergência nele.

Vendo a apreensão no rosto da vice-Diretora, Kurosawa disse de maneira relaxada que havia sido mordido por um crocodilo gigante dos esgotos. Na Ri o encarou com uma face séria e não perdeu tempo em desmenti-lo. Poucos minutos depois os dois conversavam como se fossem velhos amigos.

Sempre severa, Na Ri passou a tratar Keisuke como um irmão mais novo, sempre tentando passar conhecimentos úteis e bons conselhos através de seus comentários ácidos. Keisuke por sua vez a ajudava de vez em quando com a manutenção de equipamentos da torre do governo de Hyperboris.

Big Data - Shiho Nakano

 

Nome: Shiho Nakano

Sexo: feminino

Idade: 37

Aniversário: 15 de Agosto de 2115

Altura: 165 cm

Peso: 60 kg

Tipo sanguíneo: A+

Cor do cabelo: castanho-escuro

Cor dos olhos: castanho-claro

Origem: Hyperboris

Terra ancestral: Japão

Ocupação: Médica especialista do Terceiro Distrito


Bio: De personalidade gentil e acolhedora, Shiho Nakano é uma das poucas pessoas no mundo a ocupar o cargo de médica oficial em um distrito. Uma vez que os Chips de Gerenciamento Vital se encarregavam de curar a maioria das doenças existentes, o trabalho dos profissionais de saúde passou a ser dispensável na maioria das vezes, com exceção às áreas de violência conflagrada, como era o caso de boa parte de Hyperboris, onde a atuação desses profissionais ainda é crucial para salvar a vida de pessoas vítimas da violência da disputa de gangues locais.

A médica nutre uma grande simpatia pela figura de Keisuke, a quem ajudou a livrar-se da morte por várias vezes quando este atuava como uma espécie de agente secreto para Hans Fritzmann, enquanto procurava por pistas que o levassem ao paradeiro de Toshimasa Maeda, o irmão gêmeo de seu grande amigo, Toshiro, morto em combate no Raijin durante a Sabloŝtormo.

 

O relacionamento com Keisuke

 

A obsessão de Keisuke em encontrar Toshimasa para entregá-lo as medalhas de identificação militar de Toshiro, a única recordação que tinha do falecido amigo, a princípio levantou dúvidas na cabeça da médica; quando ele procurou Hans e Athena em busca de ajuda para achá-lo, Nakano pensou que Kurosawa desistiria da busca depois que descobrira por meio das autoridades que os abrigos onde havia passado a infância e boa parte da adolescência haviam sido destruídos pelos marginais da Sucursal Leste numa série de ataques, entretanto, Keisuke manteve-se esperançoso ao descobrir que o amigo havia deixado o Abrigo 45 poucos dias antes, a fim de se juntar às gangues dos esgotos.

Fritzmann decidira deixá-lo explorar os esgotos e subterrâneos à vontade... contanto que ele o ajudasse na captura de certos elementos perigosos que se escondiam por lá. Os problemas de Hyperboris já não lhe diziam respeito, pois naquele tempo Keisuke vivia no quartel-general do Raijin, mesmo assim, o jovem rapaz visitava o consultório da médica regularmente durante todas as suas folgas para a substituição de seu chip CGV por um modificado, para se aventurar mais uma vez nos esgotos.

Pouco a pouco Shiho Nakano foi vendo a realidade por trás dos fatos; Keisuke não estava em busca apenas do amigo desaparecido, ele buscava um propósito para se manter vivo. Durante os meses em que trabalhou como agente secreto de Hyperboris, a médica viu Keisuke se tornar mais aberto e comunicativo tanto com ela como com outros membros do governo local. Ele era frequentemente visto ajudando Na Ri com os constantes problemas de manutenção da torre da sede administrativa, e até mesmo em conversas amistosas com os agentes do serviço secreto do Terceiro Distrito, em especial o agente de campo, Youjin Saka.

Quando Keisuke passou mais de um mês sem dar qualquer sinal de vida, Nakano mostrou-se bastante preocupada. A médica achava que o rapaz pudesse ter sido descoberto por suas escapadelas em Hyperboris e talvez estivesse preso... isso se ele não estivesse morto.

 

O Reencontro


Durante uma revolta civil no distrito em 8 de junho de 2150, num período em que o caos se espalhou pelo Terceiro Distrito como não se via há décadas, Nakano se viu diante de Keisuke ao ser chamada às pressas para ajudar um militar do Raijin ferido durante uma operação para conter as ondas de violência.

Shiho Nakano não conseguiu evitar as lágrimas que vieram aos seus olhos. Primeiro ela lhe deu um abraço apertado, depois uma bronca por sua displicência. Keisuke não a contou o que havia acontecido, apenas que fora eletrocutado por uma corrente altíssima no meio da operação, o motivo pelo qual não pôde deixar o campo de batalha mesmo após receber ordens diretas dos superiores.

Enquanto recebia da médica os primeiros socorros, seus comandados do esquadrão Foxtrot o olhavam com respeito e admiração, o mesmo comportamento das cinco tropas da Força de Defesa de Hyperboris que o militar salvou durante o seu trajeto até ali, mesmo mancando da perna direita e com seu chip CGV inutilizado pela descarga elétrica.

Certamente o episódio o deixaria em maus lençóis com o Raijin.

Apesar disso, a médica o olhou com admiração também, pois mais uma vez Keisuke não hesitou em ajudar a quem precisava.

Big Data - Balthazar

 


Nome: Balthazar

Sexo: masculino

Idade: 42

Aniversário: 1 de abril de 2110

Altura: 177 cm

Peso: 70 kg

Tipo sanguíneo: O+

Cor do cabelo: preto

Cor dos olhos: castanho-escuro

Origem: Hyperboris

Terra ancestral: Japão

Ocupação: Diretor de Disciplina da Sucursal Leste


Bio: “Certa vez houve um criminoso mais temido que Balthazar, mas seu legado de medo e violência apagaram quaisquer vestígios do passado.”

Pouco se sabe a respeito da vida pessoal de Balthazar, o líder da maior facção criminosa de Hyperboris. A Sucursal Leste já era um grupo criminoso estabelecido quando o misterioso grupo chamado ‘Três Reis Magos’ tomou o poder sobre a facção criminosa. Balthazar se tornou o novo Diretor de Disciplina, usurpando o cargo de ‘Mao, o Cruel’, enquanto Gaspar, outro Rei Mago e irmão adotivo de Balthazar assumiu o recém-criado cargo de Tesoureiro do grupo. O comando operacional da Sucursal Leste ficou a cargo de Melchior, o terceiro e mais misterioso Rei Mago, que muitos membros da organização criminosa até duvidam que exista de verdade; muitos acreditam que o terceiro Rei Mago não passa de uma invenção de Balthazar para ludibriar seus inimigos, uma vez que este jamais apareceu em público para os comandados.

 

Vícios, crimes, poder


Viciado em jogos de azar e psicodrogas, Balthazar detesta ser chamado pelo pseudônimo que recebera ao tomar o poder do grupo criminoso. O último lacaio que cometeu o erro de chamá-lo pelo nome em sua presença foi brutalmente assassinado por ele.

De temperamento instável, Balthazar tende a sofrer bruscas oscilações de humor; ao mesmo tempo em que se mostra alegre e brincalhão, no momento seguinte pode se tornar violento e descarregar a sua ira sob os comandados.

Um dos boatos que o cercam diz que a forma humilhante como trata seus lacaios serve para encorajá-los a um enfrentamento, ainda que nenhum deles tenha se mostrado valente a ponto de contradizer o infame gângster. Daqueles que o cercam, o único a quem trata de maneira respeitosa é o jovem mafioso, Yu. Diferentemente de Balthazar, um homem sádico e petulante, o jovem mafioso sempre demonstrou uma personalidade mais sóbria e conciliatória – o extremo oposto do mentor. Alguns acham que Balthazar viu um potencial oculto em Yu, enquanto outros acham apenas que o extravagante e exagerado membro da velha guarda apenas vira no jovem rapaz a figura de um diplomata para lidar com os outros integrantes do alto escalão da Sucursal Leste, suprindo a sua falta de traquejo social.

 

Extravagante e de personalidade marcante 


Famoso por seu inconfundível terno branco e o característico sorriso de deboche que não abandona a sua face, Balthazar habita nas terríveis lendas que cercam seu pseudônimo, além do medo nos corações dos habitantes de Hyperboris, que o descrevem como uma entidade maligna capaz de se materializar diante dos homens para punir os seus pecados. Dentre as lendas macabras, “testemunhas oculares” relatam tê-lo visto em sessões de vivissecção dos seus alvos, extrações de partes dos seus corpos e órgãos, além da prática de tortura psicológica.

É dito que durante todo o tempo em que atuou como líder da Sucursal Leste já matou mais de vinte mil pessoas, mas as autoridades oficiais acham o número um exagero. Baseados em dados do censo oficial de Hyperboris e no cadastro de pessoas desaparecidas mantido pela Força de Defesa de Hyperboris, especialistas estimam que o número de possíveis mortes provocadas por Balthazar esteja entre três e cinco mil.


Big Data - Hans Fritzmann

 


Nome: Hans Fritzmann

Sexo: masculino

Idade: 56

Aniversário: 16 de Março de 2096

Altura: 184 cm

Peso: 79 kg

Tipo sanguíneo: O-

Cor do cabelo: branco

Cor dos olhos: azul-claro

Origem: Meropis (Primeiro Distrito)

Terra ancestral: Alemanha

Ocupação: Diretor administrativo de Hyperboris (Terceiro Distrito)


Bio: Oriundo de Meropis, Hans Fritzmann era um jovem rapaz que integrava o quadro de legisladores da capital – grupo de notáveis talentos doutrinados por magistrados de Artemis para repor seus quadros futuramente –, que gozava de alto prestígio com a soberana da capital. É dito até que Fritzmann chegara a ser cogitado para substituir William Heart como futuro Diretor Administrativo de Meropis. O jovem, pertencente a uma das famílias mais ricas e tradicionais da capital, vivia uma vida de privilégios, mesmo para os padrões da “Terra da Prosperidade Eterna”.

 

Os primeiros anos na política

 

O jovem Hans integrava o grupo de legisladores enviados em missão diplomática para Hyperboris, onde supostamente participariam de encontros com autoridades locais; na verdade, Artemis queria que os futuros magistrados vissem com seus próprios olhos o caos que dominava aquele distrito, recentemente vítima da onda de fome que dizimara boa parte da sua população. A viagem serviria para mostrá-los na prática porque eles jamais deveriam se desviar das políticas da capital.

Os relatos de observadores divergem neste ponto, quando Fritzmann foi convidado para uma audiência privada com Athena, a IA soberana de Hyperboris. Parte deles diz que Athena cooptara o jovem legislador com promessas de poder e riqueza – apesar dele já ser extremamente rico na capital. Esta corrente posteriormente espalhou uma série de boatos sobre a índole e o caráter de Fritzmann, que segundo eles, sempre foi um homem ambicioso e que não estaria disposto a esperar por uma futura aposentadoria de Heart, e por isso aceitara o convite de Athena para ser o novo Administrador do Terceiro Distrito.

No outro lado dos observadores, Hans é retratado como um homem altruísta que se compadeceu do sofrimento dos habitantes de Hyperboris. Independentemente da verdade por trás da escolha do novo Administrador subordinado a Athena, a realidade foi que Fritzmann encontrou um distrito estrangulado de recursos, afundado numa guerra entre facções criminosas e economicamente isolado do resto do mundo.

 

O Administrador de Hyperboris


Menos de um ano após o início de sua gestão, Fritzmann entrou em contato com as autoridades governantes de Lemuria. A videoconferência realizada secretamente entre os quatro, Fritzmann e Athena como os representantes do Terceiro Distrito e a rede de IA, Pandia, a soberana do Segundo Distrito e seu Diretor Administrativo, Ibrahim Al Nassif, a princípio foi vista como uma medida desesperada das autoridades de Hyperboris para se salvarem do estrangulamento econômico, mas Fritzmann convencera os pares de Lemuria que ser excessivamente dependente de Meropis colocava em cheque o princípio da independência de seus territórios.

A colaboração entre Hyperboris e Lemuria prosperou rapidamente. A abundância de metais condutores e semicondutores nos solos quase inexplorados de Lemuria impulsionou a atividade extrativista das commodities vendidas ao parceiro comercial, enquanto Hyperboris desenvolvera mão de obra especializada e indústrias para a criação de tecnologia independente de Meropis, a qual abastecia a sua demanda interna e também a do distrito amigo.

 

O enfrentamento à capital


Altamente descontente com a aproximação dos dois distritos, Artemis e William Heart iniciaram uma ampla campanha difamatória contra os atos das autoridades de Hyperboris em seus veículos de comunicação na Netsfera, que diziam que Fritzmann e Athena buscavam destruir a nova ordem mundial estabelecida. Após semanas de veiculação das informações para a audiência comum do mundo inteiro, os administradores da capital convocaram uma audiência do Conselho dos Sábios, formado pelas IAs governantes de todos os distritos e seus respectivos administradores humanos com o objetivo de criar sansões ainda mais pesadas contra os distritos insubordinados.

Após um inflamado discurso condenatório de Artemis, e de uma tréplica ainda mais ácida de William Heart, as autoridades de Lemuria abriram mão de se manifestarem, e coube a Hans a defesa de seus atos. Segundo registros oficiais, o Administrador de Hyperboris disse apenas as seguintes palavras:

Se Artemis defende que um acordo de cooperação que visa gerar mais autonomia para os distritos é realmente algo ruim, então nesse caso é o governo da capital quem está atentando contra a soberania das Grandes Redes.”

A ponderação de Hans calou a todos que estavam presentes na reunião. Valendo-se apenas de uma frase, Fritzmann desconstruiu todos os argumentos que consumiram meses de estratégia e recursos da capital para serem criados. Na verdade, a regra básica que determinava a autonomia das Grandes Redes tinha como objetivo justamente impedir que uma delas se tornasse soberana sobre as outras. Ninguém poderia contestar tal regra, sob pena de ser acusado de agir contra a ordem mundial estabelecida.

A virada de jogo de Fritzmann obrigou o governo da capital a recuar, causando embaraço aos distritos que a apoiavam, além de fortalecer politicamente Athena e Hans. A imagem do governo de Meropis ficou arranhada com a opinião pública que lhe apoiava também, que não entendia como a situação teria mudado tanto a ponto dos atos tão contestados dos Segundo e Terceiro Distritos terem se tornado lícitos de uma hora para outra.

Após esse caso, Hans não apenas passou a ser a figura mais odiada pelos administradores da capital, mas também começou a despertar a curiosidade dos habitantes daquele local. O modo como ele lidou com a adversidade que lhe foi imposta por Artemis lhe trouxe notoriedade, além do apelido de ‘Raposa Branca de Hyperboris’, por causa da cor de seus cabelos.

Em entrevista ao veículo de imprensa oficial de Hyperboris após o triunfo sobre os mandatários da capital, a Raposa Branca disse a célebre frase:

Resiliência é um atributo que só os que enfrentam de frente às atribulações conquistam.”


Big Data - Eve Clarke


 

 

Nome: Eve Clarke

Sexo: feminino

Idade: 20

Aniversário: 22 de janeiro de 2132

Altura: 158 cm

Peso: 47 kg

Tipo sanguíneo: AB+

Cor do cabelo: loiro

Cor dos olhos: azul-claro

Origem: Meropis (Primeiro Distrito; Capital)

Terra ancestral: Inglaterra

Ocupação: Investigadora; Detetive da Kitsune

Status atualizado: Foragido da Justiça de Artemis


Bio: “A menininha certinha e perfeccionista.” Eve Clarke nasceu numa das famílias mais ricas e proeminentes de Meropis, cuja riqueza e prestígio social sempre provocaram inveja na alta sociedade. Socialmente segregada de outras crianças de sua idade, Eve descobrira desde pequena as dores da solidão. Com pais ausentes e emocionalmente distantes, a ‘menina que tinha tudo’ encontrou em seu tutor legal, o mordomo James, a figura paterna que jamais teve em seu genitor.

No leito de morte de James – acometido pela terrível Síndrome de Ferdinand –, o guardião e amado amigo lhe fez um último pedido antes de partir: “Procure sua felicidade.”

Aos dezessete anos, “órfã” da pessoa que mais admirava e respeitava no mundo, Eve decidiu ingressar na Academia de Investigadores da Kitsune. Investigar e prender criminosos no mundo inteiro era um trabalho considerado indigno para alguém de sua posição pessoal, mas a discussão que tivera com os pais antes de assinar os papeis de admissão no curso só serviu para que ela tivesse ainda mais certeza de sua decisão. Aos olhos dos pais, a atitude da moça não passava de um ato de rebeldia, típico para a sua idade. Os dois não acreditavam que a filha suportaria mais do que uma semana no curso de formação dos investigadores, e por isso não colocaram empecilhos em seu caminho.


Investigadora da Kitsune


Assim que souberam da história da moça, os instrutores da Academia da Kitsune fizeram questão de pegar mais pesado com ela em seu treinamento, tentando de todas as formas fazê-la desistir do curso, mas Eve recusava-se a desistir. Dois anos depois, Eve Clarke formou-se na 59a Turma de Formandos da Academia da Kitsune com distinção, recebendo referências elogiosas dos diretores da Agência.

Sua primeira missão de campo foi nos domínios de Lemuria, no dia 28 de Maio de 2152. Ao lado da atrapalhada dupla de parceiros, os agentes Green e Waters, e o experiente agente Holmes, Eve teve seu primeiro contato com Keisuke, que tentava conduzir Aya até o ponto de encontro com os subordinados após todos se separarem por causa da nova onda de revoltas no Segundo Distrito.

Um único homem derrotar três agentes da Kitsune é inaceitável!”

A frase dita pelo agente Holmes pouco depois que Keisuke derrotara o trio de companheiros se utilizando apenas de uma granada de luz e uma pistola convencional provocou uma série de sentimentos dentro da agente loira. Eve jurou a si mesma que não deixaria a sua falha se repetir.

O segundo encontro que teve com Kurosawa foi próximo à linha férrea de Lemuria, donde viu o desertor do Raijin lançar Aya sobre a lona de um dos vagões do trem de carga que passava abaixo do aclive onde estavam. Apesar de ameaçar baleá-lo caso ele não se rendesse, Eve o viu correr na direção do trem e pular num dos vagões.

Tomada pela frustração, Eve foi duramente repreendida pelo agente Holmes assim que este chegou no local, insinuando que os instrutores dela deveriam ter pegado muito leve com a moça impulsiva, cujos atos colocavam em risco a sua própria vida e as dos seus companheiros. Com uma ideia fixa em sua mente, a de deter os fugitivos a qualquer custo, a loira correu na direção do trem e pulou no último dos vagões em passagem.

As atitudes da agente naquele momento foram cruciais para que o destino dela se unisse ao dos fugitivos; mesmo contra a sua vontade, a loira foi obrigada a depender da ajuda de Keisuke para se livrar dos perigos da Parte Baixa de Hyperboris, onde caiu após enfrentá-lo próximo ao abismo que dividia o distrito. Keisuke não apenas a salvou da morte certa da queda de centenas de metros de altura, como também a protegeu dos perigos lá embaixo.

A então agente da Kitsune via com maus olhos a promessa de Keisuke de que a mesma pessoa que o ajudaria a se livrar da encrenca em que se meteu após contribuir para a fuga de Aya também a ajudaria, mas sozinha naquele ambiente hostil do Terceiro Distrito, ela decidiu segui-los – para o desagrado de Aya, ainda rancorosa com a investigadora que tentara detê-los.



Estadia em Hyperboris


Quando chegaram na vistosa torre, repleta de mobília requintada e obras de arte no andar superior, a loira chegou a pensar na possibilidade de Kurosawa estar envolvido com criminosos de verdade. Eve mal acreditou quando se viu diante de Hans Fritzmann, o Diretor Administrativo de Hyperboris. Durante a estadia na torre da sede administrativa do Terceiro Distrito, a loira conheceu também Shiho Nakano, a médica oficial daquela localidade. Keisuke insistiu para que a doutora a examinasse, pois a loira havia sofrido uma forte pancada na cabeça durante a queda deles na Parte Baixa.

Nakano aferiu todos os sinais vitais da moça loira, felizmente sem encontrar qualquer alteração, e quando já estava em seu fim, a questionou sobre os seus pensamentos a respeito de Keisuke. Desconfortável com a conversa, ela tentou se esquivar do incômodo questionário, até que respondeu secamente para a médica que o ex-militar não fizera nada demais quando salvou a sua vida. Nakano a encarou durante um tempo, então lhe disse uma enigmática frase:

Você deve ser muito popular na capital, não? Eu só estava me perguntando: quantos homens você conhece que pulariam num abismo para salvar sua vida?”

Antes que pudesse questioná-la, Eve ouviu as últimas palavras de Nakano, que a disse que mesmo Keisuke precisava da ajuda de pessoas confiáveis às vezes. Quando ouviu o pedido de Hans Fritzmann para que acompanhasse Kurosawa numa missão secreta de captura de um elemento hostil de Hyperboris, a primeira atitude da loira foi o de negá-lo veementemente. Um diplomata experiente, Hans usou de toda a sua eloquência para convencê-la a participar da missão.



A missão de captura do líder da seita religiosa


Durante o tempo que passaram sozinhos, à espera do alvo da campana que realizavam, Eve enxergou Keisuke além da primeira impressão ruim que tivera quando o conheceu; o rapaz era extremamente cauteloso quanto ao trabalho, mas também demonstrava sensibilidade para pequenos detalhes do ambiente que os cercavam, como o brilho das construções na área mais povoada do distrito, que pareciam reluzir como estrelas no céu.

A maneira informal como o ex-militar se dirigia a ela era irritante no início, mas Eve foi se acostumando aos poucos com sua maneira de se expressar.

Um comentário que a deixara ainda mais impressionada foi quando Kurosawa decidiu compartilhar com ela a história de uma inusitada prisão que ele chefiou no comando do esquadrão Foxtrot; o alvo da operação era um religioso – não como o que eles estavam prestes a deter, mas sim alguém que realmente acreditava em suas doutrinas – que proibia seus seguidores de portar armas de fogo e praticar atos de violência.

As últimas palavras do velho profeta antes de ser levado preso diziam respeito ao livre-arbítrio, o direito de cada um ser livre para escolher o próprio destino.

No momento em que Keisuke viu a chegada do alvo da operação deles – um falso líder religioso que usava de seu prestígio no submundo para abusar de suas fiéis – o ex-militar notou um estranho feixe de luz num dos prédios dos arredores. Quando ele finalmente percebeu que tratava-se da mira de um rifle de precisão, ele gritou para que Eve deitasse no chão, mas já era tarde demais; a loira foi alvejada bem no peito.

Quando finalmente conseguiu chegar até Eve, Keisuke tentou socorrê-la o mais rápido o possível, mas surpreendeu-se ao descobrir que o líquido nas roupas da parceira momentânea era na verdade o café da garrafa que ela segurava no momento do disparo. Sem tempo para questionamentos, a dupla fugiu rapidamente do local de encontro dos falsos religiosos, alertados pela troca de tiros que Keisuke se viu obrigado a travar com o atirador. Mesmo contra a sua vontade, o desertor do Raijin deu a missão por encerrado; não havia como se aproximar sorrateiramente do líder da seita religiosa.

Ao olhar para o interior de uma das mochilas que trouxeram para a missão, Keisuke viu algo que poderia ajudá-los a completar a tarefa: Eve olhou lá dentro e viu um vestido branco que era usado pelas adeptas do culto do alvo da operação.

Eve relutou em aceitar ser isca para que eles pudessem chegar até o líder hostil, mas aceitou após Keisuke dizer que aquele seria o fim da linha. Quando mudava de roupa dentro do beco, Eve ouviu o som de um pequeno metal caindo no chão. Ela rapidamente achou o objeto reluzente, e ao pegá-lo entre os dedos, a loira espantou-se; um projétil de munição completamente amassado. Ela recolheu a blusa que vestia no momento em que fora atingida e achou o orifício do tiro, mas seu peito, onde deveria ter sido atingida, não possuía qualquer ferimento ou vestígio do impacto da bala. A então investigadora arremessou o projétil bem longe, e para ela, o assunto havia morrido ali.

A missão dos dois foi cumprida e eles retornaram à torre da sede administrativa. Durante o café da manhã, Na Ri os questionou se algo estranho havia ocorrido enquanto eles estavam no Quadrante 37W, pois Aya citara justo aquela localidade durante um estranho episódio de transe, enquanto a ajudava a limpar a sala de Hans. Keisuke declarou não ter visto nada, Eve refletiu durante um bom tempo, lembrando-se do tiro tomado, mas também negou ter visto algo estranho. Na Ri a pressionou, pois jurava que ela parecia ter se lembrado de algo. Todos deixaram o assunto de lado, entretanto, porque Aya os disse sofrer de crises de sonambulismo – uma justificativa não tão bem aceita por Na Ri, que tinha certeza que a menina estava acordada quando pronunciou palavras desconexas com uma voz grave e metalizada, como a de um robô.

O Édito de Maio mudou para sempre a vida da loira, que assim como Aya, também passou a ser considerada um potencial criminoso futuro, sofrendo a mesma perseguição injusta de Artemis que a garota que perseguia em Lemuria. Os primeiros dias de convivência com os novos companheiros no esconderijo cedido por Athena foram os mais difíceis para Eve; ela não tinha qualquer perspectiva de futuro após o convite da rede de IA soberana de Hyperboris para que os três se unissem à misteriosa sociedade secreta, Horus.

Big Data - Aya Ahmad

 


 

Nome: Aya Ahmad

Sexo: feminino

Idade: 13

Aniversário: 20 de junho de 2138

Altura: 143 cm

Peso: 38 kg

Tipo sanguíneo: A-

Cor do cabelo: castanho-escuro

Cor dos olhos: castanho-escuro

Origem: Lemuria (Segundo Distrito)

Terra ancestral: Palestina

Ocupação: Estudante

Status atualizado: Foragido da Justiça de Artemis


Bio: Atrapalhada e muito esperta, Aya Ahmad cresceu entre os vários abrigos para órfãos na periferia de Al Nahda, um dos bairros mais pobres de Lemuria. De humor instável, a jovem tende a sofrer bruscas alterações em seu humor, indo da euforia à depressão rapidamente.

Conheceu Keisuke Kurosawa enquanto tentava fugir de seu último abrigo, atrás de uma vida melhor na capital, mas acabou detida pelo então militar sob ordens diretas da rede de IA, Artemis. Apesar de um primeiro contato áspero entre os dois, Aya enxergou em Kurosawa um homem bom e preocupado com os companheiros por trás da fachada de militar durão. Durante a revolta dos habitantes da área no extremo sul de Lemuria, a adolescente e o sargento do Raijin precisaram cooperar um com o outro para chegar até o ponto de encontro com os outros militares, de onde embarcariam de volta para a capital.

A estranheza de Keisuke quando descobriu que seu esquadrão estava na verdade atrás de uma criança – pois todas as prisões que realizara desde o seu ingresso no esquadrão Foxtrot sempre foram de líderes religiosos, agitadores políticos e afins – transformou-se em indignação assim que a ordem final de captura de Aya chegara ao seu computador pessoal: Uma nova determinação das Grandes Redes, sob ordens diretas de Artemis, previa a detenção de qualquer indivíduo baseado no novo algorítimo da soberana de Meropis, supostamente capaz de identificar o potencial da pessoa se tornar uma criminosa no futuro.

O então comandante do esquadrão Foxtrot recusou-se a cumprir a ordem de prisão. Ao invés disso, ajudou a menina a fugir. Os dois embarcaram clandestinamente num trem de transporte de commodities que saía de Lemuria em direção a Hyperboris; a terra natal de Keisuke. Eles foram perseguidos pela investigadora da Kitsune, Eve Clarke, que num ato impensado, também pulou num dos vagões do trem de cargas.

 

A fuga de Lemuria

 

Kurosawa fez questão de ensinar Aya o caminho mais seguro para que ela conseguisse chegar sozinha a uma vistosa torre no centro do distrito, o que deixara a menina insegura a princípio – ela temia ser deixada para trás por ele –, mas Keisuke a assegurou que tudo não passava de uma precaução, que ele seguiria ao lado dela o máximo possível, mas que talvez ela tivesse que seguir sozinha se eles encontrassem inimigos no caminho. A precaução foi importantíssima, visto que Aya realmente teve que desbravar as perigosas ruas de Hyperboris sozinha quando ela e Keisuke foram atacados por Eve Clarke.

Diante da torre misteriosa, Aya não ficou nem um pouco feliz ao reencontrar a agente que queria detê-los, e fez questão de deixar o fato bem claro; a menina vivia chamando Eve por apelidos como “Bruxa”, “Princesa”, “Mimada da capital”... Enquanto a lemuriana via em Keisuke a figura de um amigo que abriu mão de tudo para salvá-la, Eve não passava de uma intrusa para ela.

Durante a curta estadia do trio na torre da sede administrativa de Hyperboris, Aya protagonizou um evento estranhíssimo enquanto limpava a sala de Hans ao lado de Na Ri; com olhos vidrados e uma voz grave e metalizada, como a de um robô, a menina deu alguns dados de geolocalização do local exato onde Eve e Keisuke realizavam uma missão secreta para Hans.

Na Ri questionou após a volta de Kurosawa e Clarke se eles haviam visto algo de estranho onde estavam, pois Aya parecia saber de algo que ocorria ali. Keisuke disse não ter visto nada demais, mas Eve parceria recordar algo... mas também negou ter visto algo.

Aya disse a todos que não era nada preocupante, que ela sofria crises de sonambulismo às vezes. Na Ri tentou retrucar a fala da adolescente, mas acabou vencida pelos outros que apenas relevaram.

Enquanto treinavam para a futura missão de iniciação na sociedade secreta, Horus, Aya se esforçava para absorver o máximo de conhecimento de Keisuke, apesar de sempre achar que o ex-militar pegava pesado demais nos treinamentos – o único ponto de concordância entre ela e Eve.

Big Data - Keisuke Kurosawa

 

Nome: Keisuke Kurosawa

Sexo: masculino

Idade: 25

Aniversário: 24 de maio de 2127

Altura: 175 cm

Peso: 72 kg

Tipo sanguíneo: O+

Cor do cabelo: preto

Cor dos olhos: castanho-escuro

Origem: Hyperboris (Terceiro Distrito)

Terra ancestral: Japão

Ocupação: Militar; Sargento comandante do Esquadrão Foxtrot do Raijin

Status atualizado: Foragido da Justiça de Artemis


Bio: Azarado, de humor sarcástico e personalidade rude, Keisuke Kurosawa passou toda a infância e boa parte da adolescência em abrigos para órfãos da Parte Baixa de Hyperboris; a localidade famosa por ser o lar dos piores criminosos do Terceiro Distrito. Por algum motivo, não possuí memórias de antes dos seus sete anos de idade, e tudo que se recordava desde então eram as constantes brigas e violências físicas que sofria dos outros internos dos abrigos, bem como dos monitores.

Após um incidente mal explicado no Abrigo 27, considerado o melhor dentre todos da Parte Baixa de Hyperboris, foi enviado ao infame Abrigo 45; a mais temida estrutura de segurança máxima, digna das piores prisões do mundo. Ironicamente, foi justamente lá que acabou conhecendo o único amigo verdadeiro que teve em sua vida. Toshiro Maeda era um adolescente pequeno e magricela, de pouca força física e que sempre evitava brigas – o extremo oposto de Kurosawa.

Conheceu Hans Fritzmann quando completou dezesseis anos – a idade considerada a maioridade para os residentes dos abrigos –, que de maneira incomum decidiu encarregar-se pessoalmente de sua transferência para a Colônia Agrícola, a maior e mais temida prisão do mundo.

Keisuke descobriu que Fritzmann não pretendia enviá-lo para a prisão, mas sim indicá-lo a uma vaga para o Raijin, fruto de um recém-lançado programa de cooperação mútua entre as IAs governantes do mundo todo. A princípio, ele sequer cogitava aceitar o convite do administrador de Hyperboris, mas se valendo do seu apelido de “Raposa Branca”, Hans o persuadiu com o argumento de que ele seria o primeiro candidato a ingressar no Raijin oriundo da Parte Baixa; se ele se mostrasse capaz de ser aceito na força militar, todos os seus amigos do Abrigo 45 e das outras estruturas semelhantes também poderiam escapar de passar o resto de suas vidas numa prisão de verdade.

 

 

O Raijin 


No Raijin sofreu o preconceito dos habitantes da capital contra o seu povo, mas também foi desprezado pelos habitantes da Parte Alta de Hyperboris, que enxergavam os moradores da Parte Baixa como gângsteres da Sucursal Leste – a maior facção criminosa do Terceiro Distrito – ou viciados em psicodrogas.

Keisuke viveu altos e baixos na Instituição Militar. Nos primeiros anos fez parte do esquadrão Zulu – o mais baixo na hierarquia do Raijin, maldosamente apelidado de Vermes Malditos pelos outros –, até ser indicado para o posto de aspirante a Caçador, a elite da elite dos guerreiros de Meropis. No BAC (Batalhão de Aspirantes a Caçadores) viveu os piores anos dentro do Raijin. No meio de uma intrincada disputa de convicções entre Marcus Finterman e Antoine Valois, as principais lideranças do Raijin, Keisuke se viu envolvido numa guerra contra uma ameaça de proporções imensuráveis para o governo das Grandes Redes: os guerreiros Shammar.

Os penosos meses de batalha contra os fundamentalistas religiosos nômades o roubaram tudo; o prestígio conquistado à duras penas dentro da Instituição Militar, o amigo Toshiro, morto durante uma das incursões... Os que se fingiam de amigos se afastaram quando Keisuke mais precisava e os que o detestavam se aproveitaram do momento para tripudiar sobre ele.

Considerado um párea dentro dos Caçadores, Kurosawa sofreu uma baixa desonrosa do esquadrão Bravo após sofrer um processo na Corte Marcial por insubordinação. Nesse mesmo tempo foi integrado ao esquadrão Foxtrot; os idealizadores da transferência achavam uma humilhação para alguém que havia sido parte da elite dos combatentes de Meropis fazer parte de um dos esquadrões do controle de distúrbios, onde diferentemente da infantaria, seus soldados eram proibidos de usar força letal.

O capitão Ted Robinson, seu principal desafeto no setor de designações, achava que seria uma questão de tempo até que Keisuke provocasse a morte de hostis, o que seria o seu fim na Instituição Militar. Os novos companheiros do Foxtrot não gostavam do novo comandante – sempre distante e relapso com os treinamentos de todos. A atitude do sargento só mudara após uma operação em que Teru Yukawa, um dos seus comandados, quase provocou a morte de um hostil durante uma manifestação até então pacífica em Hyperboris.

Depois de passar mais um tempo na cadeia militar no complexo anexo ao centro de treinamentos do Raijin – Keisuke passava tanto tempo por lá que acabou fazendo amizade com o carcereiro –, o sargento decidiu mudar a sua postura e ensinou muito do que sabia da experiência prática de quase uma década para os companheiros de esquadrão.

Desde então Kurosawa tinha um alto prestígio com a tropa, até mesmo com o sempre distante e reticente Yukawa, e mais nenhum incidente ocorrera com o esquadrão Foxtrot, até o fatídico dia 28 de Maio de 2152, quando ele decidiu ajudar Aya Ahmad a fugir da prisão arbitrária ordenada por Artemis.

Geração Pós-Z - O início da saga

 


“Geração Pós-Z” é fruto de muitos anos de construções de ideias e aperfeiçoamentos. O início da jornada conta a história do trio de protagonistas, Keisuke Kurosawa, Aya Ahmad e Eve Clarke, vítimas da perseguição implacável da vingativa rede de IA Artemis, governante da capital mundial, Meropis.

O primeiro livro da série, chamado “Projeto Nemesis”, narra as aventuras e desafios do trio, desde os perrengues e dificuldades enquanto tentam se ocultar dos inimigos de Meropis, aos momentos em que a amizade e confiança mútua entre eles é posta à prova.

A história é recheada de reviravoltas emocionantes, personagens marcantes e momentos de reflexão sobre o impacto que certas decisões tomadas por nossos governantes hoje pode ter num futuro não tão distante assim.

 

O início da saga





A série “Geração Pós-Z” é ambientada no século XXII, depois que a espécie humana foi salva da extinção em massa vista na terrível série de cataclismos climáticos pelas redes de IA. As máquinas inteligentes passaram a ocupar o posto de soberanas mundiais, veneradas como entidades salvadoras pelos humanos, mas a opinião de uma parcela destes foi pouco a pouco se modificando quando ocorreram as primeiras proibições das governantes no que diz respeito às manifestações políticas, religiosas e culturais.

Os movimentos separatistas foram violentamente combatidos durante a Recolonização, mas novos focos de resistência surgiam esporadicamente.

O auge da crise nos domínios das Grandes Redes se deu após o levante de parte das tropas do exército regular de Columbia Maior, sob o comando do então major Federico Hernández, que gerou uma guerra civil sem precedentes. Até aquele momento, as redes de IA tinham como preceito principal a independência dos seus territórios, mas a violência crescente na área do Quarto Distrito, e a ineficiência das tropas regulares que serviam ali exigiu uma abordagem mais incisiva das governantes.

Foi nesse cenário que o coronel Charles I. Hughes, o herói responsável pela conquista da fortaleza de Kuroi Ishi no extremo leste de Hyperboris, idealizou e treinou tropas com habilidades suficientes para lidarem com quaisquer ameças que surgissem no futuro. O Raijin surgiu para pôr um fim nas ameaças ao governo das Grandes Redes... mas novas ameaças ressurgiam de tempos em tempos.


(Em breve) Disponível nas melhores plataformas digitais!

Lançamento do primeiro livro da série, Projeto Nemesis! A versão digital do livro 1 da série Geração Pós-Z já está disponível para venda nas...