Nome: Eve Clarke
Sexo:
feminino
Idade:
20
Aniversário:
22 de janeiro de 2132
Altura:
158 cm
Peso:
47 kg
Tipo
sanguíneo: AB+
Cor
do cabelo: loiro
Cor
dos olhos: azul-claro
Origem:
Meropis (Primeiro Distrito; Capital)
Terra
ancestral: Inglaterra
Ocupação:
Investigadora;
Detetive da Kitsune
Status
atualizado: Foragido da Justiça de Artemis
Bio: “A menininha certinha e
perfeccionista.” Eve Clarke nasceu numa das famílias mais ricas e
proeminentes de Meropis, cuja riqueza e prestígio social sempre
provocaram inveja na alta sociedade. Socialmente segregada de outras
crianças de sua idade, Eve descobrira desde pequena as dores da
solidão. Com pais ausentes e emocionalmente distantes, a ‘menina
que tinha tudo’ encontrou em seu tutor legal, o mordomo James, a
figura paterna que jamais teve em seu genitor.
No
leito de morte de James – acometido pela terrível Síndrome de
Ferdinand –, o guardião e amado amigo lhe fez um último pedido
antes de partir: “Procure sua felicidade.”
Aos
dezessete anos, “órfã” da pessoa que mais admirava e respeitava
no mundo, Eve decidiu ingressar na Academia de Investigadores da
Kitsune. Investigar e prender criminosos no mundo inteiro era um
trabalho considerado indigno para alguém de sua posição pessoal,
mas a discussão que tivera com os pais antes de assinar os papeis de
admissão no curso só serviu para que ela tivesse ainda mais certeza
de sua decisão. Aos olhos dos pais, a atitude da moça não passava
de um ato de rebeldia, típico para a sua idade. Os dois não
acreditavam que a filha suportaria mais do que uma semana no curso de
formação dos investigadores, e por isso não colocaram empecilhos
em seu caminho.
Investigadora
da Kitsune
Assim
que souberam da história da moça, os instrutores da Academia da
Kitsune fizeram questão de pegar mais pesado com ela em seu
treinamento, tentando de todas as formas fazê-la desistir do curso,
mas Eve recusava-se a desistir. Dois anos depois, Eve Clarke
formou-se na 59a
Turma de Formandos
da Academia da Kitsune com distinção, recebendo referências
elogiosas dos diretores da Agência.
Sua
primeira missão de campo foi nos domínios de Lemuria, no dia 28
de Maio de 2152. Ao lado
da atrapalhada dupla de parceiros, os agentes Green e Waters, e o
experiente agente Holmes, Eve teve seu primeiro contato com Keisuke,
que tentava conduzir Aya até o ponto de encontro com os subordinados
após todos se separarem por causa da nova onda de revoltas no
Segundo Distrito.
“Um
único homem derrotar três agentes da Kitsune é inaceitável!”
A
frase dita pelo agente Holmes pouco depois que Keisuke derrotara o
trio de companheiros se utilizando apenas de uma granada de luz e uma
pistola convencional provocou uma série de sentimentos dentro da
agente loira. Eve jurou a si mesma que não deixaria a sua falha se
repetir.
O
segundo encontro que teve com Kurosawa foi próximo à linha férrea
de Lemuria, donde viu o desertor do Raijin lançar Aya sobre a lona
de um dos vagões do trem de carga que passava abaixo do aclive onde
estavam. Apesar de ameaçar baleá-lo caso ele não se rendesse, Eve
o viu correr na direção do trem e pular num dos vagões.
Tomada
pela frustração, Eve foi duramente repreendida pelo agente Holmes
assim que este chegou no local, insinuando que os instrutores dela
deveriam ter pegado muito leve com a moça impulsiva, cujos atos
colocavam em risco a sua própria vida e as dos seus companheiros.
Com uma ideia fixa em sua mente, a de deter os fugitivos a qualquer
custo, a loira correu na direção do trem e pulou no último dos
vagões em passagem.
As
atitudes da agente naquele momento foram cruciais para que o destino
dela se unisse ao dos fugitivos; mesmo contra a sua vontade, a loira
foi obrigada a depender da ajuda de Keisuke para se livrar dos
perigos da Parte Baixa de Hyperboris, onde caiu após enfrentá-lo
próximo ao abismo que dividia o distrito. Keisuke não apenas a
salvou da morte certa da queda de centenas de metros de altura, como
também a protegeu dos perigos lá embaixo.
A
então agente da Kitsune via com maus olhos a promessa de Keisuke de
que a mesma pessoa que o ajudaria a se livrar da encrenca em que se
meteu após contribuir para a fuga de Aya também a ajudaria, mas
sozinha naquele ambiente hostil do Terceiro Distrito, ela decidiu
segui-los – para o desagrado de Aya, ainda rancorosa com a
investigadora que tentara detê-los.
Estadia
em Hyperboris
Quando
chegaram na vistosa torre, repleta de mobília requintada e obras de
arte no andar superior, a loira chegou a pensar na possibilidade de
Kurosawa estar envolvido com criminosos de verdade. Eve mal acreditou
quando se viu diante de Hans Fritzmann, o Diretor Administrativo de
Hyperboris. Durante a estadia na torre da sede administrativa do
Terceiro Distrito, a loira conheceu também Shiho Nakano, a médica
oficial daquela localidade. Keisuke insistiu para que a doutora a
examinasse, pois a loira havia sofrido uma forte pancada na cabeça
durante a queda deles na Parte Baixa.
Nakano
aferiu todos os sinais vitais da moça loira, felizmente sem
encontrar qualquer alteração, e quando já estava em seu fim, a
questionou sobre os seus pensamentos a respeito de Keisuke.
Desconfortável com a conversa, ela tentou se esquivar do incômodo
questionário, até que respondeu secamente para a médica que o
ex-militar não fizera nada demais quando salvou a sua vida. Nakano a
encarou durante um tempo, então lhe disse uma enigmática frase:
“Você
deve ser muito popular na capital, não? Eu só estava me
perguntando: quantos homens você conhece que pulariam num abismo
para salvar sua vida?”
Antes
que pudesse questioná-la, Eve ouviu as últimas palavras de Nakano,
que a disse que mesmo Keisuke precisava da ajuda de pessoas
confiáveis às vezes. Quando ouviu o pedido de Hans Fritzmann para
que acompanhasse Kurosawa numa missão secreta de captura de um
elemento hostil de Hyperboris, a primeira atitude da loira foi o de
negá-lo veementemente. Um diplomata experiente, Hans usou de toda a
sua eloquência para convencê-la a participar da missão.
A
missão de captura do líder da seita religiosa
Durante
o tempo que passaram sozinhos, à espera do alvo da campana que
realizavam, Eve enxergou Keisuke além da primeira impressão ruim
que tivera quando o conheceu; o rapaz era extremamente cauteloso
quanto ao trabalho, mas também demonstrava sensibilidade para
pequenos detalhes do ambiente que os cercavam, como o brilho das
construções na área mais povoada do distrito, que pareciam reluzir
como estrelas no céu.
A
maneira informal como o ex-militar se dirigia a ela era irritante no
início, mas Eve foi se acostumando aos poucos com sua maneira de se
expressar.
Um
comentário que a deixara ainda mais impressionada foi quando
Kurosawa decidiu compartilhar com ela a história de uma inusitada
prisão que ele chefiou no comando do esquadrão Foxtrot; o alvo da
operação era um religioso – não como o que eles estavam prestes
a deter, mas sim alguém que realmente acreditava em suas doutrinas –
que proibia seus seguidores de portar armas de fogo e praticar atos
de violência.
As últimas palavras do velho
profeta antes de ser levado preso diziam respeito ao livre-arbítrio,
o direito de cada um ser livre para escolher o próprio
destino.
No
momento em que Keisuke viu a chegada do alvo da operação deles –
um falso líder religioso que usava de seu prestígio no submundo
para abusar de suas fiéis – o ex-militar notou um estranho feixe
de luz num dos prédios dos arredores. Quando ele finalmente percebeu
que tratava-se da mira de um rifle de precisão, ele gritou para que
Eve deitasse no chão, mas já era tarde demais; a loira foi alvejada
bem no peito.
Quando
finalmente conseguiu chegar até Eve, Keisuke tentou socorrê-la o
mais rápido o possível, mas surpreendeu-se ao descobrir que o
líquido nas roupas da parceira momentânea era na verdade o café da
garrafa que ela segurava no momento do disparo. Sem tempo para
questionamentos, a dupla fugiu rapidamente do local de encontro dos
falsos religiosos, alertados pela troca de tiros que Keisuke se viu
obrigado a travar com o atirador. Mesmo contra a sua vontade, o
desertor do Raijin deu a missão por encerrado; não havia como se
aproximar sorrateiramente do líder da seita religiosa.
Ao
olhar para o interior de uma das mochilas que trouxeram para a
missão, Keisuke viu algo que poderia ajudá-los a completar a
tarefa: Eve olhou lá dentro e viu um vestido branco que era usado
pelas adeptas do culto do alvo da operação.
Eve
relutou em aceitar ser isca para que eles pudessem chegar até o
líder hostil, mas aceitou após Keisuke dizer que aquele seria o fim
da linha. Quando mudava de roupa dentro do beco, Eve ouviu o som de
um pequeno metal caindo no chão. Ela rapidamente achou o objeto
reluzente, e ao pegá-lo entre os dedos, a loira espantou-se; um
projétil de munição completamente amassado. Ela recolheu a blusa
que vestia no momento em que fora atingida e achou o orifício do
tiro, mas seu peito, onde deveria ter sido atingida, não possuía
qualquer ferimento ou vestígio do impacto da bala. A então
investigadora arremessou o projétil bem longe, e para ela, o assunto
havia morrido ali.
A
missão dos dois foi cumprida e eles retornaram à torre da sede
administrativa. Durante o café da manhã, Na Ri os questionou se
algo estranho havia ocorrido enquanto eles estavam no Quadrante
37W, pois Aya citara justo
aquela localidade durante um estranho episódio de transe, enquanto a
ajudava a limpar a sala de Hans. Keisuke declarou não ter visto
nada, Eve refletiu durante um bom tempo, lembrando-se do tiro tomado,
mas também negou ter visto algo estranho. Na Ri a pressionou, pois
jurava que ela parecia ter se lembrado de algo. Todos deixaram o
assunto de lado, entretanto, porque Aya os disse sofrer de crises de
sonambulismo – uma justificativa não tão bem aceita por Na Ri,
que tinha certeza que a menina estava acordada quando pronunciou
palavras desconexas com uma voz grave e metalizada, como a de um
robô.
O
Édito de Maio mudou para sempre a vida da loira, que assim como Aya,
também passou a ser considerada um potencial criminoso futuro,
sofrendo a mesma perseguição injusta de Artemis que a garota que
perseguia em Lemuria. Os primeiros dias de convivência com os novos
companheiros no esconderijo cedido por Athena foram os mais difíceis
para Eve; ela não tinha qualquer perspectiva de futuro após o
convite da rede de IA soberana de Hyperboris para que os três se
unissem à misteriosa sociedade secreta, Horus.